quarta-feira, 10 de agosto de 2011

olhares

Certo homem viveu todos os seus dias procurando e recolhendo “riquezas” de toda a espécie. Quanto mais as tinha, mais se esforçava em obtê-las. De tudo o que se pode agradar aos sentidos ele possuía. Praticava hedonismo com toda a paixão, o qual acalentava traiçoeiramente toda a futilidade do seu coração. Tudo parecia caminhar de acordo com o seu arbítrio, o qual era usado apenas para tecer volúpias e libido pessoal. Inesperadamente uma notícia quebrou todos os seus ciclos de prazer e ócio espiritual: O seu filho havia morrido. A sua mente começou a Caminhar em retrocesso, trazendo luz ao seu entendimento entorpecido. Todos os abraços que negou, todas as noites que abandonou, todos os beijos que omitiu, todos os momentos que não viveu com aquele a quem tanto amava; tudo ficou amontoado em sua memória agora chorosa. De repente o seu conceito de riqueza mudou, se ele pudesse, todos os seus bens daria por um mero sorriso do seu filho querido que partira. Nada no mundo inteiro poderia tecer novamente os banhos de tempo que ele desperdiçara; o dinheiro não compra a existência. Dolorosamente ele aprendeu que o essencial é invisível aos olhos e intangível aos sentidos. Nesta vida o que mais importa é o que não se vê e o que carrega sentido em suas asas é incomprável... O mais importante agora era voar.

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