Eu olho para Você e me vejo
Percebo o ensejo de querer
O navegar sem nexo chora
E tomo banhos de percepção.
As asas do amanhã ganham forma
Os complexos porquês se desfazem
O ar tem gosto novo
As armas perdem sua ira.
Quero ver o Sol de perto
Trocar conversas com o além
E perceber no escuro
Que o feixe da minha história não se perdeu
Pois Você é o meu eu
E me desvenda por completo.
Oh! chuva por que não me beijas?
Chuva de certeza e de fé
Que ao molhar me deixa de pé;
Venha me beijar é o que peço
Não sou perfeito confesso,
Mas só em ti eu existo
Persisto em tal conflito
Em me ver e esperar o risco
De deixar o que sou nas sombras
E me vestir do mais puro infinito.