quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DOCE INVERNO

  
O amor espelha a rubra rosa perdida.
Dilacera os desencantos da vida.
Ensina bela sina aquarela,
transborda do féu vida bela.

Dos seus gestos brotam flores solares.
Percorre entre passos cinza, azuis viagens...
Abraços que aquecem o vestir frio de cada céu opaco,
arrastando poeira estrelada dos piores abraços.

Quem me dera poder voar quando abismos vierem.
Absorver o equilíbrio das mais tristes preces...
Conhecer os detalhes de cada estação vivida.
Sorrir ao ver estrelas nas mais profundas feridas.

Só o amor sobrevive de paradoxos...
Aquece enquanto chove e faz chorar quando planta verdades.
Quando o seu rosto é sincero, faz sofrer...
Transborda de alegria os mais simples quintais.
Oscila entre o céu e o inferno.
Cria de tempestades,
os mais doces invernos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PIORES NOTAS DO ENEM SÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS QUE VERGONHA

Mais da metade das escolas foi “reprovada” no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010: exatas 63,64% de todas as que tiveram a nota das provas objetivas divulgadas não conseguiram atingir a nota média de 511,21. Ou seja: se o que estivesse em jogo fosse a aprovação ou a reprovação, elas não “passariam de anoNo total, 12.532 das 19.689 escolas com médias objetivas divulgadas pelo MEC tiraram nota menor que 511,21. Delas, 12.105 –99,4%– são das redes públicas de ensino. Outras 4.211 unidades tiveram menos de 2% de todos os alunos e menos de 10 estudantes participando das provas objetivas e de redação e, por isso, não entram na conta.
É possível dizer que o desempenho da rede pública pirou em relação a 2009. Naquele ano, as unidades geridas por Estados, municípios e União representaram 96,35% das que ficaram abaixo da então média de 501,58 pontos. Todas as comparações são feitas com escolas de ensino médio regular, excluindo a EJA (Educação de Jovens e Adultos), que não teve os dados de 2010 divulgados
A situação pode ser ainda pior, já que em 9.176 dessas escolas abaixo da média (mais de 70% delas) a participação dos alunos não chegou à metade do total de matriculados. Ou seja: sendo o Enem voluntário, a tendência é que estudantes em tese mais “preparados” façam a prova, mesmo que, como mostra o resultado, não estejam exatamente bem qualificados. Além disso, há escolas que colocam somente seus .

PARTICIPAÇÃO DE ILHÉUS NO ENEM

O Ministério da Educação divulgou nesta segunda (12) o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) por escola. O PIMENTA fez levantamento dos melhores desempenhos entre escolas sulbaianas (particular e pública) no exame de 2010.
Pela quarta vez consecutiva, o Colégio Vitória, de Ilhéus, foi o que apresentou melhor desempenho na região cacaueira, com média 669,48 (16º lugar no estado e 295º no ranking nacional entre escolas com 75% ou mais de participação, sendo 363º no geral). 88,2% dos alunos do ensino médio do Vitória fizeram a prova do Enem. Em 2009, a escola atingiu 701,18 e figurou entre as 50 melhores do país.
Ana Carolina Melo, diretora do Colégio Vitória, diz que a liderança pela quarta vez pode ser explicada pela preocupação da escola com a qualidade dos educadores e a metodologia de ensino. “Nossos professores buscam qualidade máxima”, afirma. Segundo ela, não há curso preparatório para o Enem. Quanto à queda de rendimento, ela credita ao fato de uma aluna ter zerado a prova devido à troca de caderno de questões, além do desempenho geral em linguagens e códigos – “onde o colégio era mais forte” – e à qualidade da turma do 3º ano.

DIVINA É O SEGUNDO

A segunda colocação regional no Enem 2010 é de um colégio de Itabuna, Divina Providência, que obteve média 653,76 (34º no estado e 708ª posição no Brasil). No ano passado, a escola atingiu 641,54 e apareceu como a 55ª melhor na Bahia.
Pelo segundo ano consecutivo, o Divina tem rendimento melhor que dois dos seus concorrentes na área privada, os colégios Galileu e Sistema, antes líderes. O Galileu melhorou o desempenho em relação ao ano Enem 2009 (passou de 632,23 a 641,79). O Sistema apresentou queda (619,88 agora ante 633,8 obtido na edição anterior do exame). Os três estabelecimentos são privados.

COLÉGIOS PÚBLICOS: CPM-ITABUNA LIDERA

O Colégio da Polícia Militar em Itabuna foi o melhor na área pública ao atingir nota 591,66 e figurar na 183ª posição no estado. O segundo melhor na região na área pública foi o Ciso-Estadual, com nota 565,77 e 262ª posição na Bahia, quando considerados apenas os desempenhos de alunos do Ensino Médio Regular.
Uma curiosidade na lista das dez primeiras do Enem na região cacaueira é que duas das escolas são do pequeno município de Coaraci (Monteiro Lobato e Sagrada Família).
Ainda de acordo com os dados do MEC, as escolas públicas com mais baixo desempenho no Enem 2010 em Itabuna foram Grupo Escolar General Osório (482,97) e Presidente Médici (490,45). Instituição mais tradicional de Itabuna, o Colégio Estadual apresentou rendimento de 517,04.
O Colégio Helyos, de Feira de Santana, teve a maior nota entre os estabelecimentos de ensino médio na Bahia (697,91). A maior nota no Brasil foi registrada pelo Colégio de São Bento, do Rio: 761,7 pontos. (Clique no leia mais para conferir as 32 primeiras no sul da BA.)
Confira ranking das escolas da Região Cacaueira (nota e colocação na Bahia)
Vitória (Ilhéus) – 669,48 (16º na Bahia)
Divina Providência (Itabuna) – 653,76 (34º)
Piedade (Ilhéus) – 649,72 (38º)
Durval Libânio da Silva (Gandu) – 646,45 (44º)
Galileu (Itabuna) – 641,79 (51º)
Monteiro Lobato (Coaraci) – 632,16 (75º)
Sagrada Família (Coaraci) – 628,19 (88º)
Sistema (Itabuna) – 619,88 (108º)
Fênix (Ilhéus) – 615,92 (115º)
10º Ação Fraternal (Itabuna) – 599,31 (158º)
11º Guedes Educandário (Ibicaraí) – 596,86 (164º)
12º Impacto (Ilhéus) – 591,70 (182º)
13º CPM Itabuna – 591,66 (183º)
14º Adventista (Itabuna – 578,98 (223º)
15º Cooperativa Educacional (Itabuna) – 571,40 (241º)
16º Status (Ilhéus) – 566,90 (253º)
17º Ciso Estadual (Itabuna) – 565,77 (262º)
18º CPM Ilhéus – 564,13 (266º)
19º CIOMF (Itabuna) – 557,81 (277º)
20º Luís E. Magalhães (P.B. Vista – Itabuna) – 551,48 (293º)

21º Dom Bosco (Ipiaú) – 547,81 (302º)
22º Octacílio Manoel Gomes (Ubaitaba) – 545,43 (313º)
23º Amélia Amado (Itabuna) – 544,73 (316º)
24º Maria de Lourdes Veloso (Itabuna) – 544,36 (317º)
25º Inácio Tosta Filho (Itabuna) – 536,13 (359º)
26º C. Modelo L. E Magalhães (Canavieiras) – 536,10 (360º)
27º Colégio Estadual do Salobrinho (Ilhéus) – 535,71 (362º)
28º C. Modelo L.E. Magalhães (Ilhéus) – 534,79 (369º)
29º Josué Brandão (Itabuna) – 534,33 (373º)
30º Colégio Fred Gedeon (Floresta Azul) – 529,25 (416º)
31º C.Modelo L.E. Magalhães (Itabuna) – 528,2 (421º)
32º ACM (Ibirataia) – 525,6 (443º)

COLÉGIO DE ILHÉUS É O MELHOR DA REGIÃO SUL DA BAHIA

Confirmando um histórico de bom desempenho, o Colégio Nossa Senhora da Vitória, em Ilhéus, recebe pelo quarto ano consecutivo o título de líder regional do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com o melhor resultado entre todas as unidades educacionais do sul da Bahia, incluindo o setor privado e a rede pública e ocupa, ainda, o ranking das 20 melhores escolas da Bahia.
No resultado 2011 do Enem, alcançou média de 669,48 (do total de 1000), no grupo 1, onde estão inseridas as escolas que tiveram taxa de participação entre 75% a 100% de alunos (17, 8% das escolas). A taxa de participação do Colégio Vitória foi de 88,2%.

Este ano, a divisão das escolas por grupos representa uma mudança de critérios do Ministério da Educação para divulgação das notas do Enem. Além do grupo 1, existem: o grupo 2 (de 50% a 74,9% – 20,9% das escolas), o grupo 3 (de 25% a 49,9% – 33% das escolas) e o grupo 4 (de 2% a 24,9% – 27,4% das escolas).
Segundo a diretoria do Colégio Vitória, Aninha Melo, o bom desempenho da instituição vem de uma ação pedagógica sólida, com reforço de carga horária da disciplina língua portuguesa e o melhor aproveitamento do tempo de estudo, com sistema de contraturno e grupos de estudos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SONETO QUE FALA DE AMOR

Vendo feroz os horizontes férreos
Noto um ar sério e sem amor no ar
Volto a mim, faço um operar sincero
Vozes veladas verdadeiras sem par

Amar é sonho em orquestrar ar e fogo
Um horto ébrio de pensar em asas
Querer andar entre estrelados pousos
Enriquecendo ondulações de almas

Sonho estado corredor onde há sim
Sempre estando em ardor feroz
Gotejante êxtase dentro de mim
Protetor forte ante o sol atroz.

de: Elicio santos

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

METAFÍSICA

Eu olho para Você e me vejo
Percebo o ensejo de querer
O navegar sem nexo chora
E tomo banhos de percepção.


As asas do amanhã ganham forma
Os complexos porquês se desfazem
O ar tem gosto novo
As armas perdem sua ira.

Quero ver o Sol de perto
Trocar conversas com o além
E perceber no escuro
Que o feixe da minha história não se perdeu
Pois Você é o meu eu
E me desvenda por completo.

Oh! chuva por que não me beijas?
Chuva de certeza e de fé
Que ao molhar me deixa de pé;
Venha me beijar é o que peço
Não sou perfeito confesso,
Mas só em ti eu existo
Persisto em tal conflito
Em me ver e esperar o risco
De deixar o que sou nas sombras
E me vestir do mais puro infinito.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O MEU DESTINO

O meu destino é o quê?
Sempre me pergunto
No obscuro do meu ser
Nem sempre me respondo


O meu destino se questiona
E vejo o mistério me rondar
Perguntas e incertezas
A parte de mim que não gosto


O meu destino é o que importa
E todo o resto o que sobra
Espalha ventos imprecisos
A névoa continua


O meu destino sorrí
Quando eu quero chorar
Ele fala comigo
Ser enfraquecido
Um eu torpe

O meu destino vive
Ele tem nome
Inexorável e preciso
O meu destino existe
Ele se chama:
Deus

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Um poema para os dias de frio

Quando os dias frios vêm
Parece que o Sol disse adeus
E a vida se veste de cinza
Cortam-se as asas da aurora

Quando os dias frios vêm
A alegria parece despir-se de volume
E o sofrimento vem, como uma vocação indigesta
Trazendo de bom grado o seu abraço frio e pesado

Quando os dias frios vêm
Por mais que se fite o Sol
Seu reflexo parece emudecido,
Uma mistura de dor e dúvida constroem o seu tecido
Tessitura que se quer fugir, esquecer, não ter...

Mas os dias frios sempre vêm
E quando eles vierem não esqueças, mesmo que titubeando
Do brilho que o Sol traz,
Pois mesmo que não o sintas
Ele continua a irradiar-se atrás das nuvens frias
Emanando luz invisivel, mas sempre viva

Quando os dias frios vierem
Ainda resta uma lembrança:
A de acreditar,
Que mesmo sentindo frio
O Sol ainda há de brilhar.

de: Elicio Santos

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Entranhas

A humanidade sussurra rebeldia quando há saude e lucros,
Quando o sofrimento bate à porta é que Deus fala
Mas quantos o ouvem?
A maioria o enterra
Na própria "sabedoria"
Soberania que o homem suspeita ter
Só o faz enxergar neblinas...
O real é o que não se vê
O visivel é um existir alternativo,
Do que realmente somos
Do que realmente há
Do mistério cego que caminha
E naquele dia dirá:
Eu sempre quis falar-te pelo sofrimento
Mas o seu entendimento tornou a lição doença
E se afastou de mim cada vez mais
Bebendo sempre o próprio vômito
Achando ser essa sua paz.

domingo, 21 de agosto de 2011

Jesus e o vinho

Segundo João 2:1-11, Jesus, numa festa de "bodas" (casamento), transformou milagrosamente água em vinho. Nossa investigação procura saber se a bebida em questão era vinho alcoólico ou simplesmente suco de uva não fermentado. Primeiro, caro leitor, é fundamental conhecer o relato completo:

JOÃO 2:1-11

"E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.   2 E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas.   3 E, faltando o vinho [oinos], a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho [oinos].   4 Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.   5 Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser.   6 E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus e em cada uma cabiam duas ou três metretas.   7 Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.   8 E disse-lhes: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram.   9 E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho [oinos] (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo.   10 E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho [oinos] bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho [oinos].   11 Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele."

Temos também a declaração adicional de João em

JOÃO 4:46

"Segunda vez foi Jesus a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho [oinos]..."

Análise:

    Comparando o texto em português acima com o grego aolado, notará a palavra "vinho" como tradução de "oinos". Sabe o que estavapalavra significa? "Oinos" refere-se basicamente a vinho com completafermentação alcoólica, embora possa aplicar-se a bebida desde o início doprocesso de fermentação. Portanto, independente do estágio de fermentação, o"oinos" produzido por Jesusnecessariamente conteria teor alcoólico, sejapouco ou muito. OsiteEmVerdade é favorável a idéia de que a bebidamilagrosa era completamente fermentada.

    Contudo, há quem apele erroneamente para o simbolismo de Apocalipse 6:6 e 19:15 na tentativa desesperada de alargar o significado de "oinos" para que inclua a idéia de suco de uvas não-fermentado.

Mas, mesmo que fosse, certas informações do próprio contexto das bodas fornecem indicações de que o vinho milagroso era realmente alcoólico. Quais são? Considere atentamente:

Versículo 9

"E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo."

Indicação 1: 

Jesus sabia que havia ali alguém à serviço como "mestre-sala". Em conformidade com isso, João afirma que o "mestre-sala provou a água feita vinho". Não há registro de existir provadores de suco de uva, mas sim provadores de vinho fermentado. Conseqüentemente, o próprio Jesus requisitar o serviço especial de tal homem sugere vinho alcoólico.

Versículo 10

"E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho."  

Indicação 2: 

A bebida feita por Jesus foi classificada como "bom vinho". O que revela o significado desta expressão? Bem, se esta expressão fosse sinônima de inocente suco de uva não-fermentado, inutilizaria o artifício de servir vinho "bom" antes do "inferior" posto que seria fácil para aquele que tivesse "bebido bem" de tal suco não inebriante identificar quando a bebida "inferior" fosse servida. Portanto, pelo próprio contexto imediato do versículo, "bom vinho" indica bebida alcoólica pois "beber bem" dela entorpeceria o paladar dificultando perceber quando se bebesse do vinho "inferior".

Temos indicação bíblica adicional de que "bom vinho" provocasse um estado inebriante? Para o desagrado dos defensores do vinho não-fermentado, Cantares de Salomão 7:9 revela que "bom vinho" é algo mais do que inocentes uvas espremidas pois "faz com que falem os lábios dos que dormem."

Em toda a Bíblia, não existe um único texto bíblico sugerindo sequer que "bom vinho" não embriagaria, se tomado em excesso.

Conclusão:

Caro leitor, tendo em vista as ponderações apresentadas, é bem provável que Jesus realmente tenha transformado água em vinho alcoólico. Caso discorde, então, assim como fiz acima, gostaria muitíssimo que me enviasse as indicações contextuais de que o vinho milagroso não poderia ser fermentado.

emverdade@yahoo.com.br 

O PROCESSO DE FERMENTAÇÃO — ESTABELECIDO POR DEUS!

O gradativo processo de fermentação se inicia geralmente dentro de seis horas. Sob fermentação alcoólica, o mosto dá origem ao vinho [Miquéias 6:15]. Em seguida, inicia-se a fermentação acética, originando o vinagre. Não há nada de condenável ou pecaminoso nisso. Jesus, como "arquiteto" (Provérbios 8:30, na ARA.) na criação de Deus, conhecia perfeitamente o processo de fermentação das uvas. Assim, o suco de uva natural não fermentado, pela própria lei estabelecida pelo Criador, viria progressivamente a conter álcool.

JESUS FALA POSITIVAMENTE SOBRE O "MILAGRE" DE

TRANSFORMAR SUCO DE UVA EM VINHO FERMENTADO

LUCAS 5:37-39

37 E ninguém deita vinho (oinos) novo em odres velhos; do contrário, o vinho (oinos) novo romperá os odres e se derramará, e os odres se perderão;   38 mas vinho (oinos) novo deve ser deitado em odres novos.   39 E ninguém, tendo bebido o velho, quer o novo; porque diz: O velho é bom.

Análise:

1) Podemos observar aqui que "vinho novo" não é um inocente ou estático suco de uva pois "romperia odres". Trata-se de algo vivo, em fase de desenvolvimento quanto a fermentação alcoólica.

2) Ao falar sobre vinho repare que Jesus não criticou o procedimento técnico para produzir vinho novo em velho. Não tenha dúvida de que Jesus aproveitaria a oportunidade para condenar tal produção ou o consumo desta bebida se ela fosse imprópria aos servos de Deus. Mas, pelo contrário, falou normalmente sobre isso como se fosse algo comum e aceitável e, de fato, era realmente assim.

3) Se o melhor vinho fosse o não-fermentado, em contraste, Jesus explicaria como produzi-lo. Mas, nem aqui e nem em qualquer outro lugar da Bíblia, Jesus (ou qualquer outro) explicou sobre como conservar suco de uva sem fermentar ou que o suco deveria ser consumido somente antes da fermentação. Tudo o que for além disso é pura especulação.

4) Ao usar a palavra "ninguém", Jesus não limita aos mundanos (como querem alguns) a declaração acerca do vinho: "o velho é bom".

 

 

Na festa das bodas, só o primeiro vinho era fermentado?

 

  

a ]    Após tomar do vinho milagroso, o experiente mestre-sala, em vez de identificá-lo como sendo suco de uva ou anunciar uma mudança na espécie da bebida oferecida, elogiou o noivo por "guardar", isto é, permanecer servindo "até agora o bom vinho" em contrate com o costume de fazer isso apenas na parte inicial da festa. Para o mestre-sala, assim como o primeiro, o segundo vinho era bom "oinos".

b ]    Em adição ao argumento acima, temos uma segunda testemunha: o apóstolo João. Nem mesmo numa ocasião importantíssima como esta — o primeiro milagre de Jesus — João esforçou-se em usar um termo grego que distinguisse o vinho milagroso do oferecido pelo noivo ou que equivalesse exclusivamente a suco de uva não fermentado tal como "trudz". O fato é: divinamente inspirado, João não fez diferenciação entre os vinhos pois escreveu que ambos eram "oinos" (versículos 3 e 9). Deveríamos nós diferenciá-los?

c ]    A Bíblia de Estudo Almeida, página 140, diz sobre João 2:1: "Talvez Maria estivesse ajudando a servir (vs. 3-5), já que, em tais ocasiões, somente os homens participavam do banquete formal." Se apenas o vinho provido pelo noivo fosse fermentado, Maria oferecia inicialmente vinho alcoólico aos convidados e só posteriormente o vinho não alcoólico...

  


 

  Perguntas e respostas  

1) Se Jesus produziu vinho fermentado, por que não o colocou nos odres disponíveis, e sim nas talhas de pedra?

Na realidade, o que se está insinuado com essa indagação é que o vinho milagroso não era fermentado pois, se fosse, ele seria colocado nos odres utilizados para o vinho que findou. Contudo, alguém mais atento poderia interrogar: "Odres disponíveis"? Quais odres? O relato jamais afirma que o vinho estava em odres, diz? Antes de se indagar o porquê da não utilização de odres, seria necessário provar a existência deles! Realmente, não acha muitíssimo perigoso apoiar toda uma doutrina sobre algo não mencionado no contexto? Odres eram populares e até penso que foram usados, mas não posso indicar (nem ninguém) algum versículo do contexto onde a palavra "odre" apareça.

Honestamente, não creio que tenha sido impossível ou proibido armazenar vinho em recipiente diferente do odre. Mas, se fossem odres, por que não foram reutilizados? O relato não apresenta a razão. O que sabemos é que o vinho acabou. Assim, se Jesus reaproveitasse os mesmos insuficientes odres [ou seja lá qual tenha(m) sido o(s) recipiente(s)], o problema da falta de vinho talvez se repetisse. Mas Jesus sabiamente resolveu a dificuldade indicando as espaçosas talhas da pedra para colocá-lo.

2) Se o vinho produzido por Jesus fosse vinho ainda em processo de fermentação, poderia causar embriaguez, se ingerido em excesso?

Por mais que bebesse, ninguém se embebedaria com algum suco de uva, não-fermentado, como o imutável suco de uva engarrafado da Superbom (uma empresa adventista).

Estando em processo de fermentação, o vinho não seria uma bebida inerte, estática, como que morta. Pelo contrário, estaria ativa, em crescente evolução. Antes de se iniciar a fermentação, não causaria embriaguez. Contudo, à medida que a fermentação progredisse, aumentaria as chances de embriaguez para aquele que ultrapassasse a moderação no beber dele. Embora o relato não especifique em qual dia da festa Jesus chegou, provavelmente não foi no primeiro uma vez que o vinho já havia terminado. E, se considerarmos a quantidade de vinho produzida, também não seria o último dia. A fermentação se inicia rapidamente e, além disso, a quantidade abundante de vinho não seria consumida imediatamente visto que as "bodas" geralmente duravam dias.

3) Será que não podemos confiar na declaração do "mestre-sala" (versículo 10) só porque ele não sabia de onde havia vindo o vinho?

É muito triste precisar chegar ao ponto de questionar a capacidade de um especialista - requisitado por Jesus - na tentativa desesperada e míope de enfraquecer a argumentação em favor do vinho fermentado...

Ora, devemos crer que Jesus participou de uma farsa para enganar os convidados usando propositadamente um provador não confiável, que divulgasse falsidades sobre vinhos? Ou será então que Jesus, inocentemente, participou de um trama Satânica para manchar sua reputação? Foi Jesus enganado consultando alguém que apenas parecia ser um especialista em analisar bebidas quando na realidade era um charlatão?
Evidentemente nada disso aconteceu! Se a declaração do homem não fosse confiável ou verdadeira ou ainda se o homem não tivesse boa reputação, isso seria boa munição para os opositores de Jesus, tais como os fariseus e os saduceus.

De certo, desconhecer a origem do vinho em nada desqualifica o "mestre-sala" como provador. Afinal, ele não estava ali para manifestar dons de adivinhação! Jesus não lhe enviou o vinho para que o homem descobrisse sua origem, mas porque confiava em sua habilidade de provador. Não deveríamos confiar também?

4) Naquele tempo, as festas de casamento poderiam durar vários dias. Se o vinho servido fosse alcoólico, todos convidados que tivessem 'bebido bem' (versículo 10) dele já estariam completamente bêbados!

Se a expressão "bebido bem" indica exagero, estaria Jesus contribuindo com o abuso de suco de uva ou mesmo de bebida fermentada?

Que idéia se quer transmitir com a expressão "bebido bem"? A Bíblia de Estudo Pentecostal, página 1572, afirma que "a expressão 'bebido bem' provém da palavra grega methusko, que tem dois significados: (1) estar ou ficar bêbado, e (2) estar farto ou satisfeito (sem referência à embriaguez). Aqui devemos entender methusko como o segundo destes dois significados." Concordemente, tanto a Almeida Revista e Atualizada como a Almeida Corrigida rezam: "beberam fartamente". A Nova Versão Internacional diz: "beberam bastante". A Bíblia Viva parafraseia: "todo mundo está satisfeito".

Portanto, a expressão "bebido bem" não garante que os presentes à recepção manifestaram exagero ou abuso de bebida alcoólica, tampouco prova que o vinho servido não era inebriante. ("Fartar-se" de algo não indica necessariamente excesso ou gulodice. Veja Deuteronômio 14:29; Salmos 22:26; Jeremias 31:14.)

Pense nisso: segundo as tradições judaicas, as festas de casamento poderiam durar vários dias (Juízes 14:12, diz que as bodas de Sansão durou "sete dias".). Todavia, arrazoar que os convidados estariam completamente bêbados é julgar desfavoravelmente àquelas pessoas. Ora, seria impossível o bom uso do vinho?! Afinal, não se requeria dos convidados aceitar bebida toda vez que fosse oferecida! Tampouco eram forçados a permanecer todos os dias na festa bebendo.

Pelo que fez naquela festa, Jesus "manifestou a sua glória" (João 2:11). A glória, neste caso, refere-se a uma impressionante evidência do poder milagroso que identificava a Jesus como o prometido Messias. Teria ele escolhido esta ocasião para isso, se a festa tivesse sido desordeira e descontrolada? É evidente que Jesus, seus discípulos e sua mãe não estariam permanecido em uma reunião social junto à beberrões, estariam? Não tenha dúvidas de que o padrão ali era a cautela no beber. Quão melhor é não fazermos julgamentos condenatórios precipitados!

Medite: Se você não bebe de forma alguma, será que procura agir em harmonia com a orientação abaixo?

ROMANOS 14:3

"... O que não come (no nosso caso, aquele que bebe) não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu."

Pense nisso: Além da bebida, na festa também havia comida. Aliás, mais que bebida visto que não havia faltado. Seria sábio garantir a respeito dos convidados: "Caso estivessem comendo, estariam já todos se tornado comilões"? Novamente, isso seria desmoralizá-los. Seria julgá-los duramente — sem levar em consideração as circunstâncias.

Outra objeção semelhante: "Se Jesus fez uma grande quantidade de vinho alcoólico para os participantes de uma festa de bodas em uma pequena vila, então ele não estaria ensinando uma lição sobre a moderação..." 

Novamente, com o argumento da "quantidade" se quer dizer desesperadamente que a bebida era suco de uva. Porém, trata-se de um raciocínio inapropriado pois parte da idéia imaginária que os convidados deveriam beber obrigatoriamente todo o vinho produzido milagrosamente, sem deixar sobrar uma gosta sequer. Além disso, cria-se a dificuldade: Jesus permitiria então a não moderação no consumo de suco de uva? Estaria Jesus promovendo a imoderação no comer quando produziu tanta comida na ocasião de Mateus 15:32-38?


 

Fruto da vide

 

  

Para alguns, é impossível que a expressão "fruto da vide" (Mateus 26:29 ; Marcos 14:25 ; Lucas 22:18) signifique outra coisa além de suco de uva doce, sem nenhum teor alcoólico. Dizem: "o vinho não fermentado é o único 'fruto da vide' verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool."

Suponhamos por um momento que a expressão "fruto da vide" refira-se somente a suco de uva sem fermentação.

Nesse caso, por que João não usou essa expressão para deixar bem claro que o vinho produzido por Jesus no casamento em Caná era "verdadeiramente natural", sem nenhum grau de fermentação? Esta seria a melhor ocasião - em toda a Bíblia - para ensinar isso. João poderia ter feito isso, contudo, não o fez! Mas, mesmo se o fizesse e se este fosse o único significado da expressão "fruto da vide", isso não provaria necessariamente que Jesus fosse contra bebida forte. Como já sabemos, João usou a palavra grega "oinos" nos versículos 3 e 10 para "vinho", "vinho bom" e "bom vinho". Esse pormenor também sugere que o "oinos" milagroso não se tratava de suco uva não-fermentado.

Dica: Encontrará informação relacionada procurando no índice o artigo sobre Noé ter feito mau uso do vinho.

  

 

A QUANTIDADE DE VINHO PRODUZIDA POR JESUS

João 2:6, 7 indica que foram cheias até em cima seis talhas de pedra — cada uma com capacidade de duas ou três metretas. A Bíblia de Estudo Almeida, na nota ao pé da página sobre João 2:6, comenta que a "metreta, medida grega, equivalia provavelmente a uns 22 litros. Segundo outros, equivalia a uns 40 litros". Se usarmos a medida menor, as seis talhas de água continham 264 a 396 litros, ou cerca de 70 a 105 galões. É possível que centenas de pessoas estivessem presentes, do contrário Jesus não teria achado necessário produzir tanto vinho. Contudo, em outras ocasiões em que serviu como provisor milagroso, Jesus não proveu apenas o mínimo necessário. Quando ele multiplicou pães e peixinhos para alimentar 4.000 homens, além de mulheres e crianças, as sobras encheram "sete cestos cheios de pedaços", cestos de junco suficientemente grandes para conter um homem [Mateus 15:32-38; Atos 9:25]. Similarmente, pode muito bem ter acontecido que no fim da festa em Caná houvesse amplo suprimento de vinho para uso futuro, sendo o vinho uma bebida comum às refeições. Isto teria destacado que Jesus era generoso, como seu Pai é. — Atos 14:17; compare com Mateus 14:14-21.

Seria uma grande tolice alguém argumentar que Jesus promovia ou induzia alguém a comilança devido a grande quantidade de comida, não seria?

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